quarta-feira, 10 de novembro de 2010

De acordo com promotor, população deveria tomar maior cuidado antes de efetuar qualquer compra de terreno

O promotor de Justiça Ricardo Manoel Castro orienta que as pessoas que tenham comprado lotes da Imobiliária e Construtora Continental Ltda - que possui os bens indisponíveis desde dezembro de 2008 - devem procurar o Judiciário para cancelar os contratos e obter de volta os valores já quitados com a empresa.
Na edição de ontem o Guarulhos Hoje revelou que a Continental continua comercializando terrenos, mesmo com a proibição por decisão da juíza Carolina Nabarro Munhoz Rossi, da 5ª Vara Civil de Guarulhos. Na quarta-feira, a reportagem - sem se identificar - simulou que estaria interessada em adquirir lotes no Continental IV e recebeu um orçamento para tal por corretor da imobiliária. Na ocasião, o vendedor explicou que somente após a quitação do lote o consumidor receberia uma minuta de escritura. Além disso, o contrato seria apenas algo opcional, tendo um custo de R$ 660 para quem o quisesse.
No mesmo dia, cerca de cinco horas depois, o repórter ligou para imobiliária - desta vez se identificando - para questionar sobre a irregularidade. O dono da Continental, Walter Luongo, negou que a imobiliária comercializasse os lotes. "Quem vende é a Pirucaia", afirmou. A empresa citada é outra imobiliária de Luongo que, segundo consta, também possui problemas na Justiça.
De acordo com Castro, a população deveria tomar maior cuidado antes de efetuar qualquer compra de terreno. "É preciso fazer pesquisa no cartório de registro de imóveis para saber se os bens estão indisponíveis. As pessoas que compram (da Continental) estão fazendo isso por conta e risco. Deveriam ser, no mínimo, cautelosas", comentou.
Segundo o promotor, pessoas que tenham comprado lotes da imobiliária devem contratar um advogado e ingressar com ação judicial. "Eles não poderão registrar os imóveis. O Ministério Público age em situações conjuntas. Já nos casos individuais a pessoa deve acionar diretamente a Justiça."
O GH questionou se a Prefeitura de Guarulhos tomaria alguma atitude em relação à Continental que continua vendendo terrenos, entretanto, não houve qualquer retorno da administração municipal até o fechamento desta edição.

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